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Lucratividade com a venda do mogno africano supera em 25 vezes o custo inicial

Especialista falará sobre o cultivo e o mercado para o mogno africano durante evento do Mais Floresta


O cultivo de mogno africano pode render até 25 vezes mais em relação ao investimento inicial. A conta atrativa do ponto de vista da lucratividade é do advogado e consultor em projetos sustentáveis, Leandro Silveira Pereira, considerando que para entrar na atividade o produtor gastará, em média, R$ 140 por metro cúbico, enquanto que na venda poderá obter cerca de R$ 3,5 mil por metro cúbico, um rendimento de 2.400%. Pereira apresentará as principais informações a respeito dessa madeira nobre durante o seminário ‘Biomassa e madeira nobre: novas oportunidades de negócios’, que será realizado nos dias 13 e 14 de novembro, na sede da Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, em Campo Grande.

De acordo com o especialista, o valor do mogno africano está muito acima dos patamares registrados no preço das madeiras comumente encontradas. "Considerando os R$ 3,5 mil obtidos por metro cúbico, o valor é 25% superior à cotação da Freijó, por exemplo, uma das madeiras mais comuns no mercado da região Norte do Brasil, que vale R$ 2,8 mil/m³, em média ", ressaltou.

A positividade do segmento, segundo Pereira, está associada à redução de oferta por parte de mercados exportadores, como a Malásia e a África, levando-se em conta que o primeiro apresenta esgotamento da disponibilidade de florestas plantadas e o continente africano vem passando, entre outros problemas, por um momento de instabilidade política. "A situação desses dois principais fornecedores mundiais de madeira leva o Brasil a uma posição estratégica no cenário mundial".

Para Pereira, a projeção é de que o plantio de mogno africano cresça expressivamente nos próximos anos diante dessa escassez de oferta e do aumento da demanda por madeira legalizada. "Atualmente, a área destinada ao cultivo do mogno ocupa entre 10 mil e 15 mil hectares. Esta árvore é uma alternativa viável para o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta em Mato Grosso do Sul, para o consórcio florestal e para o sistema silvipastoril", acrescenta.

O mogno africano, segundo as orientações do palestrante, deve ser plantado com uma distância de 6 metros, pode ser cortado em 15 anos, é uma cultura exótica e não tem predador nativo. "A recomendação é que no início o produtor tome cuidado com formigas e com a abelha Arapuã que pode levar a uma brotação indesejada no caule".


Mais Floresta – O seminário ‘Biomassa e madeira nobre: novas oportunidades de negócios’ faz parte do programa Mais Floresta, desenvolvido pelo SenarMS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

O evento apresentará perspectivas e oportunidades da cadeia produtiva da madeira com a união de espécies de ciclo curto, médio e longo para produtores rurais, empresários, investidores, profissionais liberais e técnicos, além de outros segmentos da sociedade.

O objetivo é consolidar o potencial regional para atividades ligadas à silvicultura no MS.

O primeiro dia do evento (13) consistirá num ciclo de palestras realizado na sede da Famasul. A segunda etapa do evento (14) é um dia de campo, com apresentação de máquinas, equipamentos e produtos para o plantio de eucalipto e mogno e processos de plantio, na sede da Embrapa Gado de Corte.

Para mais informações, acesse: http://senarms.org.br/projetos/mais-floresta/


 


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